Criado há 4 anos atrás em Los Angeles, o Festival Artivist faz uma passagem pelo forum Lisboa (Av. de Roma, em frente ao c.c. Acqua e antes do Magnollia Caffe) estes dias 2 e 3 de Dezembro. Esta não é uma passagem completa do festival mas sim uma pequena introdução do que a organização pretende oferecer algures durante o verão de 2008.
Antes de mais e porque quem estiver a ler isto já perdeu um dos dias, aconselho seriamente a não perderem o dia de amanhã a não ser que não possam mesmo lá estar. O bilhete é de 2€ no geral e gratuito para estudantes e reformados.
Passo a citar o programa de segunda presente no site LX/Jovem:
"18h – 20h: Sita: a girl of Jambu / Glue Boys
Ganhou o prémio de Melhor Filme – Direitos das Crianças, em 2006, e é uma adaptação de um drama de rua representado por meninas de uma vila do Nepal. Neste documentário narrado, Sita, bela jovem da aldeia remota de Jambu, apaixona-se por Sushil, motorista de riquexó. Mas quando o seu acordo de matrimónio falha, ela conhece um estranho que lhe promete uma vida nova na cidade. Sita é confrontada com uma escolha que modificará a sua vida para sempre. Gravado inteiramente no Nepal.
Glue Boys contempla o mundo de 150 milhões de crianças de rua e documenta o dia a dia desta condição em Kitale, no Quénia. Também desvenda a dependência de inalar cola, a cadeia de distribuição dos negociantes de rua de segunda categoria que a distribuem, as autoridades que o permitem e as corporações multinacionais que lucram com a situação.
20h30 – 22h: Occupation 101
Uma análise exaustiva dos factos e verdades escondidas em torno do conflito israelo-palestino, que desmistifica muitos dos seus mitos e conceitos errados. O filme também detalha a vida dos palestinianos sob domínio israelita, o papel dos Estados Unidos no conflito e os grandes obstáculos que estão no caminho de uma paz duradoura e viável. Imagens raras, comentário e pensamentos provocadores são apresentados a partir da voz de líderes académicos do Médio Oriente, activistas da paz, jornalistas, líderes religiosos e trabalhadores humanitários."
Hoje foi um dia dedicado aos direitos dos animais e à filosofia inerente ao activismo.
O programa abriu com um pequeno documentário (15 min) de nome Into the Ocean, abordando o tema do impacto que a humanidade tem tido na diversidade e sustentatiblidade dos oceanos. Um filme conciso e esclarecedor do papel dos mares no planeta e da falta de respeito a que a sociedade moderna o tem condenado.
No entanto mesmo os piores sentimentos negativos que este David não são nada comparáveis com a dimensão goliática que se seguiria. Estou a falar do documentário Earthlings, narrado por Joaquin Phoenix e muito honestamente ainda terei de digerir em vários dias tudo aquilo que os meus olhos viram numa hora e meia de filme.
Uma coisa é certa, depois deste filme ninguém terá mais dúvidas se consegue ou não ser vegetariano e duvido que mesmo que não se torne 100% vegetariano, consiga comer um prato de carne sem rever na cabeça a realidade da viagem dessa para o prato.
Poderia gastar mil palavras, mas prefiro que vejam o trailer:
Se tiverem uma boa ligação à internet ou uma PSP, podem ver o documentário na integra no link:
http://video.google.com/videoplay?docid=-1282796533661048967
Lembrem-se, aquilo que vão ver é a realidade, não são efeitos especiais e não são embustes. Felizmente no nosso pais as coisas ainda não chegaram ao estado ali ilustrado, mas sei de experiência própria que por muito menos brutal que seja a situação continua a ser cruel.
Felizmente o programa foi pensado (no caso de quem lá ficou) de forma a minorar um pouco o efeito deste filme e seguiu-se uma hora depois, Dalai Lama Rennaisance com voz de Harrison Ford. Um documentário que não pode deixar ninguém sem um sorriso nos lábios e que pessoalmente me fez por várias vezes rir a bom gosto. Não porque seja uma comédia mas porque a atitude positiva e enérgica deste Prémio Nobel da Paz só nos pode transmitir a alegria e felicidade que apregoa.
Mais uma vez, só mesmo vendo o filme conseguirão perceber o impacto que ele tem. A mensagem que fica é que para mudar o mundo temos primeiro que nos mudar a nós próprios e que em vez de queremos libertar o Tibete, devemos resolver os nossos próprios tibetes...
Sei que este post não tem necessariamente a ver com design e por isso peço desculpa, mas achei que era demasiado importante para não usar todos os meios de divulgação ao meu alcance.
domingo, dezembro 02, 2007
Festival Artivist em Lisboa
Publicada por Unknown à(s) domingo, dezembro 02, 2007
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